sexta-feira, novembro 26, 2004

Olá

Gostava de saber se estás feliz. O orgulho é algo feio mas, é ele que nos protege da vergonha e má condução na vida. O tempo é algo assustador mas, não podemos fugir dele e só nos resta aceitá-lo. O tempo e as pessoas e as pessoas e o tempo. Gostava de saber se estás feliz. Há algo que ainda não entendi mas, não posso entender, porque, não descobri o que preciso entender para poder entender o que entendes de mim. É muito difícil saber seguir o nosso caminho. Pede-se ajuda aos amigos mas, eles existem? Nunca entendi bem. Acho que existem mas, estou regido por conceitos paradoxais que me levam a um novo entendimento e observação de tudo. Porque sou assim? Gosto de entender que sou como um planeta, que sofreu uma colisão com um grande asteróide e foi desviado para outra rota. Uma rota com muitos obstáculos. Gostava de saber se estás feliz. Já agora, eu preciso de ti, mas, não sei o que te pedir nem o que me podes dar. Sensação comparável à dos navegadores nos tempos remotos das descobertas marítimas. Estou à espera de ver as criaturas que acredito existirem mas, não passam de uma ilusão. Poderia entregar-te todas estas palavras mas, assim tenho a certeza que não preciso temer as tuas contra-palavras. Gostava de saber se estás feliz. Por ti não uso parágrafos, para evitar mudar de assunto. A sensação de estar longe deve ser comparável à das mães que são forçadas a deixarem os filhos entrarem em guerras. Dedicam o seu pensamento a alguém mas isso cansa e destrói a mente. Não deixa de ser engraçado que a minha escrita alimenta-se da tua inspiração. Só gosto dos textos em que estás presente. Chega de falar de ti. Chega? Chega! Por agora chega! Eu subo os degraus, feliz, mas, és tu que os tens que construir. Já reparaste que não posso subir pelo ar fora? Gostava de saber se estás feliz. Ainda não parei de falar de ti? Que nervos! Vou parar. O amor é a aptidão para a partilha. Partilha do tempo e das sensações e também do tudo. Para alguém partilhar tudo têm que existir, nos alicerces, pilares muito resistentes na área da confiança e do bem-estar. Gostava de saber se estás feliz. Maldito o tempo que nunca tens para me dar e que cisma em ocupar-te, fomentando uma distância que por minha vontade não existiria. Nem deves ter disponibilidade para ler as palavras que te escrevo e dedico. O egoísmo e a ambição são a quantificação e prova da valorização de tudo. Não consigo deixar de pensar em ti. Estou assustado e preciso da tua presença. Obrigado por estares na minha vida. Gostava de saber se estás feliz.

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu estou feliz, e tu? :)

ass: Cereza

Unromance disse...

vá.. tu tb podes ser akele k constroi os degraus de alguem.. Faz alguem feliz e o serás (ou não =/ )

Já agora, estava mais feliz se tu disses que tb o és :)

Anónimo disse...

Juro que imaginei-me o peter pan ao ler o teu texto... voar, conhecer mundos novos, levar-te pela mão, tal como ele fez com as outras personagens desta historia encantada...
Anti, continua a escrever assim
porque os teus textos são deveras ricos, e cheios de conteudo. Ahhh mas O texto da cereja continua a ser o meu preferido.

jinhos da Cereza peter pan!