terça-feira, março 15, 2005

Incontrolável

Como um cavalo desenfreado corro por ti e em ti e por ti e acima de ti e de ti e tu tentas alcançar-me e corres e olhas para mim desesperada e só vês partículas que se movem com um vento que cisma em abanar o teu cabelo mas não é o vento sou eu e cada vez mais rápido e cada vez mais perto e a saliva que te deixo nas lambidelas que te dou na face esquerda inferior do pescoço secam antes que te possas aperceber que elas existiram e agora sim toco-te e tu nem a minha mão vês conseguindo esfregar a tua pele milhares e milhares e milhares de vezes a uma velocidade estonteante e infinitamente não sabendo a razão pela qual não me impedes de continuar a esfregar mas sei que a dor é insuportável e dou conta que estou a pegar fogo porque a fricção é tanta que a energia emanada está a ser convertida em calor e os teus neurónios ainda nem tiveram tempo de te indicar que te estou a esfregar e tu já estás numa aparente combustão espontânea e no próximo segundo vais dar conta que estás a arder enquanto eu já dei e entretanto posso parar e correr a escrever este texto descritivo da situação ao mesmo tempo que olho a minha mão queimada em carne viva e vislumbro o luzidio tecido ósseo que agora se escapa por milhares de feixes musculares agora cozidos que me preenchem e fazem mover e fazem mover rápido muito rápido mesmo e agora vivo meia vida a cada segundo teu e agora tu vais precisar de parar para respirar quando leres isto e não podes continuar a ler esta frase em voz alta sem fazeres uma pausa mas a frase não acaba e anseias uma virgula ou um ponto ou qualquer interrupção que te permita respirar e ela não aparece e é melhor desistires porque não a vais ver e também não vais conseguir ler ate ao fim a esse ritmo e é melhor não me tentares acompanhar por isso desiste mas desiste já porque isto é a minha escrita e não a escrita dos outros e aqui só eu leio como tem que ser e tu limitaste a imaginar o que queria eu transmitir com todos estes devaneios que te atraem mas te atiram despedaçada para o fundo dum poço de confusão e tu sabes que aqui só eu mando e ordeno porque este é o meu mundo e é também o mundo do qual te dependes e te despedes perpetuamente porque não aguentas mais as minhas carícias agressivas e o meu amor que te odeia e a maior parte das vezes sentes que eu não estou lá mas estou e observo-te e vivo-te porque eu não tenho vida só me restando viver a tua e e e e e e sorrio à velocidade da luz!
Apercebeste-te agora que te queimei?

9 comentários:

Anónimo disse...

Volto mais tarde para comentar,pois com o som que puseste, até me arrepia! se calhar era essa a tua intenção, será? :P ^Erina^

Anónimo disse...

Meu caro, nossa, pela primeira vez venho aki e amei a forma q escreve seu blog é muito bem feito, meus parabens
Abraços

Anónimo disse...

apesar de tudo...tenho k admitir que me deleito a ler akilo k escreves.

Anónimo disse...

apesar de tudo...tenho k admitir que me deleito a ler akilo k escreves.

Anónimo disse...

Bem adorei.. msm lindo msm.. =)
parece q enquanto lemos o tempo parece q anda mto mais rapido :D
ahah simplesmente adorei
JINHUSSSSSSSS =D

*************Lara

Anónimo disse...

Bem adorei.. msm lindo msm.. =)
parece q enquanto lemos o tempo parece q anda mto mais rapido :D
ahah simplesmente adorei
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*************Lara

Anónimo disse...

Bem adorei.. msm lindo msm.. =)
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Anónimo disse...

Bem adorei.. msm lindo msm.. =)
parece q enquanto lemos o tempo parece q anda mto mais rapido :D
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*************Lara

Anónimo disse...

WOW...